A presença de violência nas relações
interpessoais é hoje um dos motivos que leva um grande número de
pessoas a buscarem ajuda tanto em serviços de saúde e de psicologia quanto em
instituições jurídicas e policiais. A complexidade das dinâmicas de violência
doméstica nos coloca diante da responsabilidade de refletir criticamente e de
buscar caminhos para entender e
lidar
com esses processos.
A violência doméstica pode manifestar-se de
várias formas:
agressão física, abuso
sexual, violação e ameaças (violência verbal). Além disso, pode incluir
ceticismo destrutivo, tácticas de pressão, falta de respeito, quebra de
confiança, isolamento e perseguição.
Alguns abusadores oferecem “recompensas” com certas
condições para tentarem convencer o parceiro de que o abuso não voltará a
acontecer. Por mais persuasivos que pareçam, a violência normalmente piora com
o passar do tempo.
A violência doméstica raramente acontece uma
só vez. Com o passar do tempo, o abuso físico e sexual tem tendência a aumentar
em frequência e severidade.
O comportamento abusivo e controlador tanto
emocional como físico pode ser contínuo. Violência doméstica acontece a pessoas
de qualquer grupo ou classe social, idade, raça, capacidade física ou mental,
sexualidade ou estilo de vida. O abuso pode acontecer em qualquer altura da
relação – no princípio ou depois de muitos anos juntos.
Hoje se diz que o Homem e
a Mulher vivem numa sociedade moderna, civilizada, justa, onde todos em
conjunto usufruem os mesmos direitos e privilégios.
No entanto, em muitos lares, a violência
doméstica ainda é um problema que afeta crianças, idosos, mas, sobretudo as
mulheres. Elas são as maiores vítimas nas mãos dos seus maridos, companheiros,
que as agridem com murros, pontapés, que as insultam e humilham, que as forças
a torturas sexuais, só porque se julgam donos dos seus corpos e almas. Estes
homens cruéis e desumanos não se lembram ou não querem lembrar-se que a
violência doméstica é crime. Para eles, as suas mulheres são apenas meros
objetos que eles utilizam a seu belo prazer e quando estão fartos as deixam
fora. A violência em família pode acarretar uma enorme gama de
consequências para a criança, e esses efeitos variam do físico- ferimentos
externos ou internos – ao psíquico- distúrbios mais ou menos graves que podem
envolver agressividade, ansiedade ou depressão. (GONÇALVES, 1999)
Dentre as várias consequências psicológicas destacam-se o
transtorno do estresse pós-traumático, altos índices de depressão, baixa
autoestima, dificuldade de relacionamentos interpessoais com crianças e
adultos, ansiedade, amadurecimento sexual precoce e diversas fobias, como por
exemplo: síndrome de pânico.
Como vimos à violência doméstica é um assunto bastante complexo
daria para escrever muito sobre o mesmo, mas sabemos que o problema vai muito
além de um simples texto, temos que acreditar e ter Fé e nunca se CALAR, pois o
Silêncio também gera cumplicidade.
O foco no tratamento das vitimas de violência doméstica se
concentra frequentemente nas consequências da violência, em evitar a
autoacusação e na instrução da vítima a respeito das opções disponíveis, tanto
legais quanto de outros tipos. (Guyer apud Huss 2011).
As intervenções utilizadas para atenuar, ou seja, diminuir a
incidência de violência doméstica é feita com base na abordagem multimodal, que
requer a utilização múltipla de abordagens, tais como: tratamento educacional e
psicológico, intervenções baseadas na comunidade, intervenções da justiça
criminal.
Nenhuma abordagem única será capaz de provocar mudanças consideráveis
na eliminação da problemática, entretanto, uma abordagem integradora pode fazer
a diferença na redução da violência na vida de milhares de pessoas.
Conclui-se que a violência doméstica é um
fenômeno que ocorre de forma camuflada dentro do contexto familiar, uma ação
abusiva, escamoteada, ou seja, escondido em que a vítima se encontra em uma
condição vulnerável e é submetida a atos de descaso. Nesse aspecto, a
psicologia se propõe em fazer mediações com a área jurídica a fim de tentar
reduzir as graves consequências de tal problema. Estudar a violência contra a
criança e o adolescente é um desafio constante em construção e que há muito a
se descobrir e a ser investigado. Hoje com a ajuda da mídia com certeza tudo se
torna mais fácil. É certo que medidas
preventivas, educacionais, jurídicas, psicológicas são de grande relevância e
propiciam um maior amadurecimento conceitual sobre essa causa tão complexa.
Disse-lhes Jesus: Guarde a espada, pois todos os que apunhalam a
espada pela espada morrerão. (Mt 26:52).
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